Todos os investimentos em um negócio devem levar em consideração as particularidades de cada operação, principalmente para a compra de equipamentos, como leitores de códigos de barras. Escolher um modelo pelo preço parece uma boa alternativa, mas ele pode não atender as necessidades daquela empresa.
É preciso entender qual o contexto de uso daquele leitor para saber o modelo certo para aumentar a produtividade da operação. Primeiro é preciso definir o formato do leitor, analisando se a operação exige um leitor manual com fio, sem fio ou de um leitor fixo.
Manual com fio
Como são limitados pelo cabo, os leitores manuais com fio são indicados para leituras a curta distância, em que o código é levado até o equipamento, como em um setor de protocolo, um pequeno mercado ou uma loja de autopeças.
Os leitores sem fio são uma alternativa para ambientes em que o operador precisa ir até o código e acaba se afastando da base, como acontece em grandes centros de distribuição ou em um checkout atacadista.
Algumas operações têm alto fluxo de clientes, como supermercados e farmácias, e nesses casos é indicado o uso de leitores fixos, pois o operador precisa ter as mãos livres para registrar o maior número de produtos possíveis e não criar filas no estabelecimento. Além do formato do leitor, é importante verificar qual a tecnologia de leitura adequada para a operação, para o ler o modelo de código que aquele segmento trabalha.
Também conhecidos como “leitores de contato”, os modelos CCD têm uma área de leitura pequena, geralmente menor que 10cm, o que exige que o leitor se aproxime do código para fazer a leitura. A tecnologia CCD é baseada em um feixe de LED de pouca precisão, por isso, consegue fazer a leitura apenas de códigos 1D e tem dificuldade em ler códigos em superfícies curvadas, danificados ou em embalagens molhadas. Como a maioria dos modelos não acompanha suporte, os leitores CCD são indicados para operações com baixo fluxo, como cadastro de produtos em escritórios, pequenas lojas, leitura de comandas. São os modelos mais simples e acessíveis do mercado. Embora existam diversas marcas e modelos, um dos mais vendidos é o BR400 da Bematech.
LASER
Os leitores laser são um pouco mais caros, mas têm um desempenho superior aos CCD. A tecnologia laser funciona através de um feixe de luz em forma de uma linha, por isso, os leitores laser também só reconhecem códigos 1D, mas a distâncias muito maiores do que os CCD e mesmo com pouca iluminação. Muitos modelos a laser acompanham suporte, alguns, inclusive, funcionam sem fio, tornando os equipamentos dessa categoria mais versáteis. São leitores com um desempenho superior, mais versáteis e, por isso, são um investimento maior. Os leitores laser são muito populares, por isso, tem modelos de todas as marcas. Um dos mais vendidos é o Eclipse MK5145 da Honeywell.
IMAGER
A tecnologia imager, também conhecida como linear imager, é inspirada na tecnologia CCD só que com um desempenho superior, chegando a ser comparada com a laser. Não precisam ficar tão próximos do código para fazer a leitura e alguns modelos já conseguem ler códigos 2D. Dependendo do modelo, os leitores imager conseguem ler códigos 1D e 2D, a distâncias maiores que o CCD e ainda são equipamentos mais robustos, já que seus componentes eletrônicos são mais resistentes do que os aparelhos com tecnologia laser. São leitores com desempenho e resistência. Os modelos imager também são bastante populares, como QuickScan QW2100 da Datalogic.
AREA IMAGER
Os códigos 2D conseguem armazenar uma quantidade maior de dados por causa de seu formato bidimensional, que oferece uma área maior para armazenar informação. Por isso, precisam de equipamentos específicos para leitura desse formato. Area imagem é uma versão da tecnologia utilizada nas câmeras digitais, só que adaptada para a leitura de códigos 2D. São equipamentos com desempenho de leitura muito superior, conseguem reconhecer o código, inclusive, em monitores e smartphones, além consumirem pouca energia. São leitores com ótima performance. São os leitores mais modernos do mercado, como o 1452g da Honeywell. Então, os leitores podem ser manuais (com ou sem fio), fixos, com tecnologia de leitura CCD, laser, imager ou area imager. E eles ainda podem ser desenvolvidos para aplicações especiais que exigem equipamentos com características próprias.
Leitores HospitalaresMuitos modelos de leitores têm versões desenvolvidas especialmente para a área hospitalar, feitos de materiais antibacterianos e que podem ser esterilizados. Como são leitores muito específicos, são solicitados sob encomenda.
Leitores Industriais (robustos)
Alguns segmentos precisam de equipamentos extremamente resistentes, como mineradoras e plataformas de petróleo. São modelos em que o comprador precisa prestar muita atenção às especificações técnicas para ter certeza que é resistente ao seu ambiente de trabalho. A Automatech trabalha com o PowerScan PM8300 da Datalogic e o LS3578 da Motorola. Alguns modelos são tão específicos que também só podem ser comprados sob encomenda.
Leitores Semi fixos
São utilizados em locais com alto fluxo de pessoas e pouco espaço, como totens de atendimento e balcões de clínicas, pois reúnem características de leitores fixos e móveis ao mesmo tempo. Alguns exemplos são o Quantum MK3580 ou o Orbit CG MS7180 da Honeywell.
